negocie loucuras,
e veja ao certo quem te vê.
compilações do barão itabirano,
ou do negro carioca,
que ficam sentados em meu mudo criado,
que me traz águas e frases, cinzeiro, balas,
óculos, lápis, caderno e linhas.
vejo essas negociadas loucuras,
bailando por entre seus olhos,
pelo seu avesso,
e quando venho para esse mundo,
quando venho pra cá,
morro no palco
bem mais velho do que eu.
um esforço futuro,
grato,
apoiando em meu ombro,
esperando a hora de trocar a máscara.
o que vejo nos olhos do palco,
não vi não vejo e não sei
quando encontrarei
paisagem que me eleve tanto,
à outros céus.
comidos por uma distância,
maior do que a minha para com
imortais letreiros nostalgicos.
me afeta,
olfato,
tato,
visão.
e esta é o que me resta.
mas de olhos no escuro,
o vídeo dos sonhos,
imaginado.
sem saber ao certo se a forma
é a mesma.
se cabelos ornam com o vestido.
imagino mais e mais.
mais intenso mais tenso.
fico tenso mais e mais.
ilumino minhas loucuras
com overdose de orquestra utópica,
que é voz e o azul no pano.