tiros flácidos de vida
invadem as frestas da janela,
e me fazem encolher o rosto.
me dão, com o rouco trovão
o medo que aparece.
fazem o novo céu,
outrora liso de azul e pluma,
agora riscado e rasgado por cortes acesos,
pelejas de luz entre as estrelas.
tenho medo da chuva,
da feia água que apaga as estrelas,
e fica gritando na minha janela,
me impedindo da lua.