é como se tivesse apagado um pedaço.
pedaço que foi moldado
pela inocência de risonhas estórias,
pela mão enrugada
pelo pequeno tamanho
e pelo riso doce.
é como se o olho
que podia brilhar um pouco mais
sentisse obrigação de se esfumaçar
e assim, sem querer, acabou borrando
uma parte de coração.
fazendo, numa segunda-feira,
meu toque ir pra longe,
pra hostilidade do passado.
mas sigo a seta,
e sei que estou pronto
e sei que seu, sou.
mas vou despir meu choro,
e colorir minha tristeza com um breve sorriso.
e agora, num relance,
meus olhos vão pra outros cantos
roubando seu brilho.