é espelho.
soltando, na forma de reflexos
os risos da paixão.
segunda-feira, abril 25
domingo, abril 24
alquimia
vamos supor o céu!
alinhá-lo aos nossos sonhos,
dos quais somos eternos poetas,
famintos alquimistas utópicos.
traga-o mais para perto!
mas, de longe,
já sintetize os personagens.
alinhá-lo aos nossos sonhos,
dos quais somos eternos poetas,
famintos alquimistas utópicos.
traga-o mais para perto!
mas, de longe,
já sintetize os personagens.
sexta-feira, abril 22
alma calma
venha calma
que a alma te dá lenha
pra queimar e
viver mais.
venha calma
que eu te chamo
mais e mais,
que eu sonho
andar ao seu lado.
pois ouvi dizer
que seu olhar
é capaz de entregar
minhas dores.
seja servente
do meu corpo
e tome minha tristeza
como assento.
que a alma te dá lenha
pra queimar e
viver mais.
venha calma
que eu te chamo
mais e mais,
que eu sonho
andar ao seu lado.
pois ouvi dizer
que seu olhar
é capaz de entregar
minhas dores.
seja servente
do meu corpo
e tome minha tristeza
como assento.
deixa o vento
sou novo nêgo do mundo
jogado ao lado de outros bons.
sorrindo até o fim raiar
em nossos lares e olhares.
e nossas vontades
vão além do que se vê,
além do que pode
ser tocado pelo vento
que nos refresca do calor.
mas nem sempre
sou nêgo sorte
e a brisa que por aqui passa
entorta a flor lá do outro lado.
jogado ao lado de outros bons.
sorrindo até o fim raiar
em nossos lares e olhares.
e nossas vontades
vão além do que se vê,
além do que pode
ser tocado pelo vento
que nos refresca do calor.
mas nem sempre
sou nêgo sorte
e a brisa que por aqui passa
entorta a flor lá do outro lado.
preferência
ninguém escapa do medo
de ser assim.
- de estar em par com a tristeza.
e como susto
ela veio me visitar, também.
eu não prefiro assim.
de ser assim.
- de estar em par com a tristeza.
e como susto
ela veio me visitar, também.
eu não prefiro assim.
quarta-feira, abril 20
tristonha saudade aceita
o breu de hoje
me disse, no banho
que falta um pedaço.
percebi, e repercebi
- é a mais pura verdade;
é a mais atual verdade.
é a verdade que eu aceito
mas não me mato afogado
em minhas próprias lágrimas
e não me deixo cair
nos braços da saudade,
- prefiro andar de mãos dadas.
me disse, no banho
que falta um pedaço.
percebi, e repercebi
- é a mais pura verdade;
é a mais atual verdade.
é a verdade que eu aceito
mas não me mato afogado
em minhas próprias lágrimas
e não me deixo cair
nos braços da saudade,
- prefiro andar de mãos dadas.
segunda-feira, abril 18
credo
acredito no riso,
na maneira como sorriso
consegue definir momentos de sutileza.
no poder intuitivo que ele carrega
amarrado nos seus pés.
acredito nisso,
que o sorriso pode fazer outro sorrir,
mesmo que outrora.
na maneira como sorriso
consegue definir momentos de sutileza.
no poder intuitivo que ele carrega
amarrado nos seus pés.
acredito nisso,
que o sorriso pode fazer outro sorrir,
mesmo que outrora.
a chuva te trouxe
hoje ouvi lentamente os suspiros da chuva
batendo em minha janela, trazendo a saudade.
como nunca antes, pois não há o contato,
mas a falta que sinto não nunca falta
e nunca esquece de me fazer lembrar.
e assim, lembro dessa delicadeza.
de sorriso bom e confortável, sincero.
e num encontro ou outro
a gente se faz.
batendo em minha janela, trazendo a saudade.
como nunca antes, pois não há o contato,
mas a falta que sinto não nunca falta
e nunca esquece de me fazer lembrar.
e assim, lembro dessa delicadeza.
de sorriso bom e confortável, sincero.
e num encontro ou outro
a gente se faz.
a chuva te trouxe
hoje ouvi lentamente os suspiros da chuva
batendo em minha janela, trazendo a saudade.
como nunca antes, pois não há o contato,
mas a falta que sinto não nunca falta
e nunca esquece de me fazer lembrar.
e assim, lembro dessa delicadeza.
de sorriso bom e confortável, sincero.
e num encontro ou outro
a gente se faz.
batendo em minha janela, trazendo a saudade.
como nunca antes, pois não há o contato,
mas a falta que sinto não nunca falta
e nunca esquece de me fazer lembrar.
e assim, lembro dessa delicadeza.
de sorriso bom e confortável, sincero.
e num encontro ou outro
a gente se faz.
quinta-feira, abril 14
presente
há um sorriso e algumas palavras guardados há tempos
no canto interior de minha boca, implorando a saída.
e hoje os dou a você.
como que sendo presente.
como que sendo seu.
e hoje, em sonho, vi um palco e uma flor vestida
e de pano azul nas negras madeixas.
fique com o sorriso
e não desca do palco
- estou a ver você lá do fundo.
no canto interior de minha boca, implorando a saída.
e hoje os dou a você.
como que sendo presente.
como que sendo seu.
e hoje, em sonho, vi um palco e uma flor vestida
e de pano azul nas negras madeixas.
fique com o sorriso
e não desca do palco
- estou a ver você lá do fundo.
segunda-feira, abril 11
o cansaço de andar cabisbaixo
me esqueço de ficar acordado
vagando por entre esses fracos dias.
e ando doente,
atado à dor
que fecha meus olhos e me impede de olhar e ver
que me sacode os nervos
e faz folia em minha vida...
aproveita de meus passos
para se levar e se deixar ir.
me esqueço de acordar
quando passo por entre esses dias claros.
e eu não sei o real,
não sei quando fui
ou onde fui.
e onde vou, por entre esses soturnos dias,
me faz mais meu.
vagando por entre esses fracos dias.
e ando doente,
atado à dor
que fecha meus olhos e me impede de olhar e ver
que me sacode os nervos
e faz folia em minha vida...
aproveita de meus passos
para se levar e se deixar ir.
me esqueço de acordar
quando passo por entre esses dias claros.
e eu não sei o real,
não sei quando fui
ou onde fui.
e onde vou, por entre esses soturnos dias,
me faz mais meu.
abro a porta docemente
abro a porta
ando à porta
e na porta que vejo
vejo o que estava procurando.
e através da porta alcanço.
alcanço a porta afim de conseguir o agora
e os sentimentos estão justamente onde deveriam estar.
ando à cama.
esteja onde está,
e não mova por nada,
que vou dormir
sob o seu olhar.
sob teu esconderijo
sob teu nariz de espuma.
e dormirei, calmo.
e nada virá para meu caminho.
ando à porta
e na porta que vejo
vejo o que estava procurando.
e através da porta alcanço.
alcanço a porta afim de conseguir o agora
e os sentimentos estão justamente onde deveriam estar.
ando à cama.
esteja onde está,
e não mova por nada,
que vou dormir
sob o seu olhar.
sob teu esconderijo
sob teu nariz de espuma.
e dormirei, calmo.
e nada virá para meu caminho.
dando meus punhos
o tempo volta onde ele não pertence
e sua invalidez se torna real.
tudo se volta para o que realmente é real
quando as cores iluminam três ou quatro infantes.
a cor é real,
a som é real.
e onde há uma linha que eu não fico logo atrás.
e sua invalidez se torna real.
tudo se volta para o que realmente é real
quando as cores iluminam três ou quatro infantes.
a cor é real,
a som é real.
e onde há uma linha que eu não fico logo atrás.
amargo.
o desapego me veio hoje
tentou e tentou falar, mas nada saiu.
e me sorriu o sarcasmo.
o peguei, embalei
e dei de presente pra minha solidão.
pobre solidão.
pobre sólida amargura singular.
tentou e tentou falar, mas nada saiu.
e me sorriu o sarcasmo.
o peguei, embalei
e dei de presente pra minha solidão.
pobre solidão.
pobre sólida amargura singular.
sábado, abril 9
o único planeta que me resta
continuo sendo o que me há de melhor
a cada segundo, nesse frágil planeta.
e a cada uma dessas frações faço meus encontros
com todos seus mistérios,
com todos os mendigos parentêses.
me jogo no mundo,
e nas nossas leis faço meu presente.
seria melhor se fosse nas minhas leis,
minhas próprias bagagens de saber e gostar.
a cada segundo, nesse frágil planeta.
e a cada uma dessas frações faço meus encontros
com todos seus mistérios,
com todos os mendigos parentêses.
me jogo no mundo,
e nas nossas leis faço meu presente.
seria melhor se fosse nas minhas leis,
minhas próprias bagagens de saber e gostar.
o céu não é azul
a cor do acorde forte,
digo, o vermelho
se faz do sangue
e o céu é vermelho
e o é, também, a dor,
a paixão,
a vida e a solidão que foi parida no peito.
é o sonho do fraco monocromático,
pois essa lhe dá força e a destreza para voar longe,
e ao mesmo tempo é o tom do inferno.
digo, o vermelho
se faz do sangue
e o céu é vermelho
e o é, também, a dor,
a paixão,
a vida e a solidão que foi parida no peito.
é o sonho do fraco monocromático,
pois essa lhe dá força e a destreza para voar longe,
e ao mesmo tempo é o tom do inferno.
domingo, abril 3
joão de barro
meu medo e desafio era andar sozinho
e não alcançar a paz, e não lembrar do caminho.
e temendo, meus ouvidos foram entendendo.
só devo a um herói maior.
um espelho meu, que tudo sabe
e sempre saberá que caminho me dar.
ao herói do qual nunca consiguirei me livrar,
pois ele me aperta, e é pra nunca mais soltar.
e não alcançar a paz, e não lembrar do caminho.
e temendo, meus ouvidos foram entendendo.
só devo a um herói maior.
um espelho meu, que tudo sabe
e sempre saberá que caminho me dar.
ao herói do qual nunca consiguirei me livrar,
pois ele me aperta, e é pra nunca mais soltar.
sábado, abril 2
madeira
céu de longos braços
dê-me seus
longos abraços de mel e
seu puxado cabelo.
não atrase a fusão dos olhos
pois é o tempo nosso
que escava o amor soterrado
- esse logrado amor,
sintilando os brilhos da diferença
que nos separa e incrivelmente
arranca lágrimas de felicidade
numa esquina qualquer.
céu de longos braços:
clareie seu azul! deixe celeste
a cor de seus olhos
que só assim
consigo chorar meus versos
e sair ao seu sol.
dê-me seus
longos abraços de mel e
seu puxado cabelo.
não atrase a fusão dos olhos
pois é o tempo nosso
que escava o amor soterrado
- esse logrado amor,
sintilando os brilhos da diferença
que nos separa e incrivelmente
arranca lágrimas de felicidade
numa esquina qualquer.
céu de longos braços:
clareie seu azul! deixe celeste
a cor de seus olhos
que só assim
consigo chorar meus versos
e sair ao seu sol.
vermelho
é bom quando o sonho
encontra outro caminho
e muda para as ruas da realidade
e, assim, pode furtar um sorriso
do vento crava-lo em mim.
e nessa nata lúdica
luzes e cores escrevem seus versos
em mim.
encontra outro caminho
e muda para as ruas da realidade
e, assim, pode furtar um sorriso
do vento crava-lo em mim.
e nessa nata lúdica
luzes e cores escrevem seus versos
em mim.
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