tem um pote
em cima do balcão
lá da varanda que não
tem mais banco
não tem mais
nem porta pra entrar
não podecomo faz?
tem o pote
que dentro dele
não cabe mais
rebarba não
pode mais
fica rosqueado
amarrado
na parede.
sexta-feira, maio 11
quinta-feira, maio 10
moldura
como faz de poucas palavras
e só vontade
um sentimento assim sereno
solene sereno bem calminho
nos dias quais
os ventos baixam por aqui
a lua azulada tece sorrisos
nos passos
e os traços compassam
os incertos palavreados
como faz
nesses dias dos quais
cianoretratos
se encontram pendurados
- como faz uma moldura
pro rosto;
pros novos desconhecedores?
e só vontade
um sentimento assim sereno
solene sereno bem calminho
nos dias quais
os ventos baixam por aqui
a lua azulada tece sorrisos
nos passos
e os traços compassam
os incertos palavreados
como faz
nesses dias dos quais
cianoretratos
se encontram pendurados
- como faz uma moldura
pro rosto;
pros novos desconhecedores?
terça-feira, maio 8
casa
há
um par
um lar
pra lá da estrada
não vá
negar
se a porta
te leva aberta
pro fundo do mar.
e também
está aberta a janela
pronta
pra
alguém pular.
um par
um lar
pra lá da estrada
não vá
negar
se a porta
te leva aberta
pro fundo do mar.
e também
está aberta a janela
pronta
pra
alguém pular.
vai sem medo
evapora coração
domina o espaço
que lhe é dado
que não há motivos
para não.
para não,
sentimento gordo!
se coloca no lugar
do fogo pra se ajudar.
e depois de evaporado
vai indo com o vento
que ele carrega com aptidão
e te trás de volta na hora certa
com a caça.
não se importe em ir
que sempre chove
e você me molha
e carrega meu corpo
com seu cheiro e cor de novo.
domina o espaço
que lhe é dado
que não há motivos
para não.
para não,
sentimento gordo!
se coloca no lugar
do fogo pra se ajudar.
e depois de evaporado
vai indo com o vento
que ele carrega com aptidão
e te trás de volta na hora certa
com a caça.
não se importe em ir
que sempre chove
e você me molha
e carrega meu corpo
com seu cheiro e cor de novo.
um tempo
um momento
pro desatento
muleque
que nem sabia direito
como era a vida que vivia
um momento
pro desemprego da preguiça
pra morte do desajeito
um momento pra mim
e pra todos nós.
pois sou todos
e cada um desses
tem eu no seu meio.
um momento
confortante
um momento ser humano.
um muleque desatento
escrevendo ao vento
o tempo que quer.
pro desatento
muleque
que nem sabia direito
como era a vida que vivia
um momento
pro desemprego da preguiça
pra morte do desajeito
um momento pra mim
e pra todos nós.
pois sou todos
e cada um desses
tem eu no seu meio.
um momento
confortante
um momento ser humano.
um muleque desatento
escrevendo ao vento
o tempo que quer.
com traste
luzes (ou não)
olhos
e ação!
reajuste do
peito diante dos seres
inanimados ou serelepes humanos
rebuliço instantâneo
capaz de naturalmente
organizar e escolher o momento
exato e as poses
que cabem no mundo que vejo
olhos
e ação!
reajuste do
peito diante dos seres
inanimados ou serelepes humanos
rebuliço instantâneo
capaz de naturalmente
organizar e escolher o momento
exato e as poses
que cabem no mundo que vejo
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