corro, se não te faço jovial novamente,
se não consigo apagar os anos, corra.
fuja, já que não criamos essa máquina do tempo,
que nos apaga das diferenças e nos coloca
no estado verossímil que é a paixão.
congele teus seres interiores durante algumas primaveras
e se deixe florir quando meus frutos amadurecerem.
espere, e ganhe o sol do próximo ano,
espere que a lua vem e te pega,
prum passeio vermelho, inundado de cores e dissonâncias.
repleto de caminhos grandiosos.
de amores calorosos,
de diversas estâncias,
de pequenas distâncias.
crie um enxame de traços e versos,
sorrisos cobertos, cobertos de abraços e mais sorrisos,
e risos magistrais.
cante sua dança num palco vizinho,
para que eu possa escutar nítido.
mostre suas belas penas em seu vôo vital.
digo, convicto, que espero o sol nascer de novo,
e espero a terra girar por mais longas primaveras.
e peço que não voe para longe, durante esta gestação sentimental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário