creio que foi pela manhã de penumbra,
onde eu andava de cabeça erguida,
e cigarro aceso.
acredito que sim.
e foi quando o apaguei
que fitei no além aquela doce melodia.
fazia imensos verões que não a sentia.
caminhou até meus ouvidos, lentamente
e arrombou bruscamente com sua leveza
meus pensamentos,
e guardou para si minhas próprias notas,
meus próprios versos.
quero que ela espere a primavera próxima,
e floreça em mim,
antes de ir embora,
para outros risos, e antes
de brotar em outras tantas a leveza que me deu.
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