Se sambar não sei
Amenizo minhas vontades apenas no olhar,
Na contemplação de um rodar de braços e cabelo.
E me satisfaço com o calor que me esquenta
E sento, pra me descançar as emoções,
Na penumbra dum botequim.
Foi sempre desse feitio,
Eu cá, a olhar
Os pés e olhos de outros,
Amando, e sentindo o derradeiro fim.
Um retrato móvel,
Aliado dos meus sonhos,
Nos quais amo,
Desejo e me sinto assim.
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