eu quero a sorte
do desentedimento necessário,
da falsa harmonia de desafinados verbos.
ser livre do livro
e ser meu.
ser ar de letras.
vento que traga
a dor e a monotonia;
o riso e o amor.
quero essa fonte escondida
em meus sonhos.
quero versos soltos e amados;
fluidos num tema,
como sopro de jazz,
como beijo sagaz.
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