encarcero pensamentos
no sabor dos papos e abraços.
laços de vogais distonais
amarram-me consoantemente, e
me sinto estranho por mais uma vez.
tendo por estranho
um cuitelinho voante,
um azul rastejante,
um olhar sangrado,
e deliciosamente desejado
pago mil letras
tortas
para me prender novamente,
caso seja libertado.
pago mil sorrisos
para ver de perto
o xerife de meus versos.
pago à lua,
o sol, o dia e noite
para continuar transpirando mais denso.
para continuar sendo livre.
sendo eu. do jeito de ser.
e não auscultar o coração dos ignorantes,
e sim escutar somente o silêncio
que tanto achas impossível.
mas eu te dou o silêncio, se quiser,
silenciando sua atenção à terceiros,
olhando seus olhos negros e profundos.
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