fuja as mãos uma das outras,
estas peles marcadas e sofridas
que cultivam a dor
que te esfrega os olhos.
deixe de lado todo o amor
que não te acompanha mais
em mesas e conversas,
apague a brasa que outrora
te acendeu nas idéias
os fogos de uma outra paixão.
mazelas te fazem agora,
esqueça de hipocrisias falsas
que não te abandonam!
solte, e deixe ir, tudo.
mas, longe de seu calor
longe de suas vontades.
e a pelejante certeza
nunca vai ser sua,
vai ser o vazio e o pensar e pesar.
na verdade,
não há sorriso e telas coloridas,
não essa beleza verdadeira...
pertubantemente, não há.
é nua e crua
a vida que se faz de solidão.
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