quarta-feira, agosto 11

tu és filha do solo falido

joga-te junto de tua mente absorta
ao lixo.
seja areia como teus sonhos de apêndices!

há algumas horas no dia
nas quais é belo o fato feneçer beirando a embriaguês.
há algumas horas no dia
nas quais o belo se curva frente ao feio

- e não digas que minto,
se não estaria afundada em tua própria hipocrisia banal,
pois, filha deste aterro, tu já és há tempos.
és a carne própria do mátire que és o chão.

testemunha dessa breve imundice que tenho,
mas que reina sobre vossa tez.

palavras repetidamente já ditas

são teus nomes,
que aqui dedico.
são por eles que afinco
minhas soberbas mentes no pairar do vendaval.

e no ar,
permaneço atento.
permanece teus ventos
e tuas majestosas ventas.

permaneço atento,
pois, dos que me vem,
seu cheiro é mal que não me atenta o lado ruim.