terça-feira, novembro 30

nuit

à noite, quando nem os pássaros são ouvidos,
fecho meus olhos.
são eles que me levam longe,
são eles que cavam minha mente
deixando os sonhos à flor da pele.

e assim me sinto seguro.
maduro e capaz de dormir.

através de meus olhos, se faz assim

Entendo fielmente que só se faz de tempo,
de naturalidade
de momentâneo sorriso.
É ajustar.
Encaixarmo-nos na fragilidade de um olhar
bem olhado.
É sentimento beijado
de quando se acorda com um corpo ao seu,
ou de quando a água se divide nas duas faces
e só se enrosca nos narizes, que se tocam.
É quando se tem outro corpo,
outros braços e outras pernas, capazes de adivinhar o que você quer.

É um clichê,
que todo mundo reconhece, mas ninguém entende.

[digo, o amor]