sábado, abril 2

madeira

céu de longos braços
dê-me seus
longos abraços de mel e

seu puxado cabelo.

não atrase a fusão dos olhos
pois é o tempo nosso
que escava o amor soterrado

- esse logrado amor,
sintilando os brilhos da diferença
que nos separa e incrivelmente
arranca lágrimas de felicidade
numa esquina qualquer.

céu de longos braços:
clareie seu azul! deixe celeste
a cor de seus olhos
que só assim
consigo chorar meus versos
e sair ao seu sol.

vermelho

é bom quando o sonho
encontra outro caminho
e muda para as ruas da realidade
e, assim, pode furtar um sorriso
do vento crava-lo em mim.

e nessa nata lúdica
luzes e cores escrevem seus versos
em mim.