quinta-feira, julho 8

outra vez mais, quero

abro o pacote de lábios.

doce e beiço.
como o de tal anos atrás,
que perdura por ventos inimigos,
que dura entre outros beijos,
de outros marcianos.

não esqueço, como era.
de trás de brincadeiras de crianças,
como se fossem adultos.

e foi indo,
assim, periodicamente belo.
de tempos em tempos,
vivendo romances de abraços,
e beijos relâmpago.

a lua é diferente

escrevo torto,
teço linhas judiadas,
pelo vento.

e quem tem fome
de mim?
ninguém.

um sabotado
poeta,
unicamente grande
pra mim mesma.

minha pele sua, por hora.

e não vejo.

creio na porta de entrada,
por que sair
e desejar errado,
deixar para trás
o filme rodado,
a letra escrita,
o sonho acordado.

é como o sol pelo anoitecer,
que nos esquece de alumiar.