terça-feira, outubro 26

um céu (de)novo

meu corpo na cruz de olhares,
ausência de normalidade
me deixa sorrir levemente.

moralidades esquecidas e talvez
um altar de saudades canonizadas,
veleiros de vidas outrora vazias
que agora se fundem por mil amores
e recheadas se tornam novamente.

salvando meu eu,
e alisando a prontidão de desejos e
decisões repentinas, tomadas por verdadeiro querer.

suas mãos de fazer tudo ir à vida,
mãos de apego, de sóbrio e desfumaçado amor.

passado novo

volto aos palcos de meia luz,
sem cenários, mas assim, cheios.
e a liberdade e esperteza das palavras
estranhamente continuam as mesmas.

sinto cheiro novamente,
sinto leve meus pés e meus lábios.

como se tivesse dado à luz
a esse sentimento novamente.
é um abraço, terno e quente.
lento e intenso,
repleto de manias e sorrisos.