segunda-feira, outubro 18

sonho

corredores de animais,
estranhos anais de mal gosto,
pegam suas
pérolas e me enchem os saberes
e não vejo mais.

películas
de momentos, privados
por meu próprio escuro,
cabem em minha arte.

é colocar, na mesma mira,
a cabeça
o olho 
e o coração.

chuva

vem da luz,
que se difere dos dias sãos
na sutileza do brilho que esta causa no verde das folhas.

um brilho eterno,
fotografado no verde que vem dos caules.

e após o brilho,
saem estas gotas de cor,
roubando das folhas e do chão falido
o cheiro.

cai,
normal à nossos pés,
decepando bebedeiras
e juntando abraços
embaixo de panos de cobrir
e piscinas de olhares amados.