quinta-feira, dezembro 9

agora, eu vou.

Olhe o samba
Que passa e repassa a cor o povo
Passa dentre as peles
E por entre os olhos.

Tingindo tudo que é livre,
Pois assim, ele é.

É vento,
E nele tento me enganchar,
Para ir à outros carnavais,
À outros pessoais,
Para não mais me acorrentar no marasmo.

Me leve certo,
Me leve veloz,
Para que nem do caminho eu me lembre.

Olho o samba,
Que treme as peles dos ouvidos e dos corações.
O admiro,
E miro minhas vontades em suas ações.

logo

Há uma rosa,
E um verso.

Flutuantes nesse presente,
E que deveriam pousar
Em nossos sonhos futuros.

E pousam,
Como buquê
E poema.

no alto da serra

Dou-me dor,
sacrilégio.

Talvez nada mais seja
Capaz de , com vigor,
Saciar algumas de minhas malícias.

Não há mais cuidado.
Nem espaço há mais.
Só o apertado,
Que por trás
Anula e derruba
O pilar do meu sorriso.

Soa como se não soasse,
Como um um som sujo e longe
Que não esperaríamos dar nossa atenção.
Soa como neblina:
     É isso. Meio cinza, meio quieto.