sexta-feira, julho 1

mãe lua

olhe! se não é a lua!
toda pomposa
alumiando com seu sorriso
a timidez de doces bárbaros.

olhe! e veremos.
e olhando com atenção
ela é maior do que parece
e pode nos iluminar
por muito mais tempo.

sem título

e esqueça de rodeios.
apagões deletam a falsidade
que não sabe desenhar reto.

e não abrace a solidão.
por que sozinha, a vida
se perde e se desilude
entre vãos curtos e apertados.

e não sente-se.
há um milhão de pessoas
precisando pensar!
- saia correndo,
e fique em pé.
imponha o amor,

que este se faz mais confortável.

freguês da meia noite

é como se fosse freguesa
dos olhos.
dançando sentada,
pedindo olhar
e negando o seu próprio.

fugindo entre outros corpos
cambaleantes
e fazendo uma simples conversa
apertar o coração e os sentimentos.

é freguesa única,
pois colore a feira
de sinceridade
e pinta sorriso nos passantes.