sábado, março 3

declaro

vem de toda essa branqueza
da tez lisa e corrida
- essa meiguice escondida.
da pele e da vontade da dança colada.

faz arte com o sorriso
- quando olha assim, quando só
seu é meu querer e todo esse corpo aqui.
traça e colore as linhas e espaços
que meus olhos fincam o foco.
e os alerta, também, das emergências
que posso ter; dos desconfortos
nos quais posso me ver!

e como tratar seu olhar?
- abismo que caem meus sentimentos;
profundo e confortável!
desejo grande e quente
que põe só a verdade na frente,
pensamento terno, calmo e de boas cores.

essência linda,
cremosa.
tão bonita que o rabo dos meus olhos
abanam de alegria.

medo da solidão

medo da pressão
no fogo, da pele dela!

é o mesmo medo meu
parindo suas raizes,
me cravando na desconfiança!

é um medo do ão.
do grande, do sentimento gigante.
- mas é um medo de agora
e ri dessa saudade, dessa fatidica ausência
do corpo, do aperto, da vida
do sorriso costurado na cara da beleza!

mas esse medo espera paciente
inteligente festeja sua vitória!
mas esse medo, nosso estúpido companheiro,
não sabe o que o espera.
não sabe da felicidade.