domingo, outubro 3

máquina

me calo os calos do falar,
afastando pontuais abraços
do não e do vazio.

isolo meus lábios,
saboreando sorrisos de anil.

e os beijos,
corredores de escuro
dança de cego,
arrastam e atrasam
o amor,
que como se fosse o último
me faz escapar.

um ele chegou diferente

é esse doce irmão,
que sem saber me enche os olhos.

enche as aventuras de meus sambas.
minha temporada do nada, rimas e outras mais.

me mande notícias boas,
de cartas ou mortes,
manhãs e botequins.

uma vida atoa,
gloriosa,
a minha,
que se torna um tanto sorridente
quando louca de acordes e olhos azuis.