domingo, outubro 3

máquina

me calo os calos do falar,
afastando pontuais abraços
do não e do vazio.

isolo meus lábios,
saboreando sorrisos de anil.

e os beijos,
corredores de escuro
dança de cego,
arrastam e atrasam
o amor,
que como se fosse o último
me faz escapar.