segunda-feira, novembro 14

sinceridade feliz

decreto o amor sem problemas,
sombreando sem medo
a pureza do desejo
e agora, o para trás não haveria.

esculpo flores nas tranças
do que passou
- sem nó, sem dó.

guardo com clareza
e rio alto de fotos da infância sua
e deixo esse amor ir morrendo,
caminhando calmo pela porta!
- ele acaba de passar por ela.

e não quero deixar o adeus demorar
- não quero que o coração confunda.
é algo de agora. rápido. claro e escuro ao mesmo tempo.

só sonho só,
e a dor é minha
- não a quero batendo em sua porta,
em suas lágrimas, desapegando essa pureza toda.

só poeto só,
rindo e sorrindo
do amor que brotou dos meios meus.

e vou partir,
mas continuando aqui...
ainda sem vontade de ir embora.
- somente aceitando essa doce
e amiga infância que acaba de acabar
mas que aponta e nortea
meu amor.