quinta-feira, julho 8

a lua é diferente

escrevo torto,
teço linhas judiadas,
pelo vento.

e quem tem fome
de mim?
ninguém.

um sabotado
poeta,
unicamente grande
pra mim mesma.

minha pele sua, por hora.

e não vejo.

creio na porta de entrada,
por que sair
e desejar errado,
deixar para trás
o filme rodado,
a letra escrita,
o sonho acordado.

é como o sol pelo anoitecer,
que nos esquece de alumiar.

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