dança da beleza do mar, ó, sol.
quero ver-te só
quero ter-te em prol do amar.
quero amarrar-me em passos descompassados
quero me amar na própria cor de seus dias
na flor dos olhos que sua menina dança.
na dor do laço que suas notas alcançam.
dança da beleza do mar, ó, sol.
derrame tuas ondas no meu samba calmo
no caos de meus versos.
faça assim
- vista-se de minhas palavras
que te esquento e te elogio
com o fogo do verbo
e o calor do teu amor.
quinta-feira, janeiro 27
nova bossa nossa
bossa no vento,
na nova aurora floral.
bossa de resguardo:
nova armadura para verso quebrado.
desenhos de acordes novos
invadindo meus impecílios e retratos
de uma maneira cáustica,
fazem tudo pelo bem do meu bem,
tudo pela dor da saudade.
fazem tudo de mais e de menos.
e eu não vou duvidar.
não vou descartar o futuro
e suas quase certezas.
de ir,
e deixar ficar.
ou de ir
e levar junto a cor da paixão.
na nova aurora floral.
bossa de resguardo:
nova armadura para verso quebrado.
desenhos de acordes novos
invadindo meus impecílios e retratos
de uma maneira cáustica,
fazem tudo pelo bem do meu bem,
tudo pela dor da saudade.
fazem tudo de mais e de menos.
e eu não vou duvidar.
não vou descartar o futuro
e suas quase certezas.
de ir,
e deixar ficar.
ou de ir
e levar junto a cor da paixão.
sexta-feira, janeiro 14
relato dos futuros sonhos
eu quero a sorte
do desentedimento necessário,
da falsa harmonia de desafinados verbos.
ser livre do livro
e ser meu.
ser ar de letras.
vento que traga
a dor e a monotonia;
o riso e o amor.
quero essa fonte escondida
em meus sonhos.
quero versos soltos e amados;
fluidos num tema,
como sopro de jazz,
como beijo sagaz.
do desentedimento necessário,
da falsa harmonia de desafinados verbos.
ser livre do livro
e ser meu.
ser ar de letras.
vento que traga
a dor e a monotonia;
o riso e o amor.
quero essa fonte escondida
em meus sonhos.
quero versos soltos e amados;
fluidos num tema,
como sopro de jazz,
como beijo sagaz.
garoa de outono
folhas a voar diante de meus olhos.
folhas perdidas em ventos sujos:
ventos de fumaças.
trazem o escuro,
apagando a paz e a calma
apagando as estrelas.
preciso ir,
sem voltar cedo com a alvorada.
adeus sol
adeus céu
estrela nunca mais.
nunca mais poema.
folhas perdidas em ventos sujos:
ventos de fumaças.
trazem o escuro,
apagando a paz e a calma
apagando as estrelas.
preciso ir,
sem voltar cedo com a alvorada.
adeus sol
adeus céu
estrela nunca mais.
nunca mais poema.
quarta-feira, janeiro 12
o tamborim e a caixa do surdo agogô
vísceras do som:
peças suplementares de outros carnavais!
alimentando as surdinas
dos jovens malandros
que transcendem o ritmo corriqueiro,
e se projetam na leveza da harmonia.
talabartes dos sorrisos,
segurando a alegria num outro nível:
sustentada pelas batidas surdas
e pelos tremores repicados.
a noite brilha sob nós
e o som vai se misturando na fumaça.
peças suplementares de outros carnavais!
alimentando as surdinas
dos jovens malandros
que transcendem o ritmo corriqueiro,
e se projetam na leveza da harmonia.
talabartes dos sorrisos,
segurando a alegria num outro nível:
sustentada pelas batidas surdas
e pelos tremores repicados.
a noite brilha sob nós
e o som vai se misturando na fumaça.
quarta-feira, janeiro 5
síncope
quando o sol se fez no hoje
fez claro no meu tempo
a glória da grandeza.
por minha vez,
me fiz filho!
a olhar mãe amamentando dezenas de outros.
é como se fosse filtro
das vontades do rei-sol
- filtro grosso, robusto.
pairado na sombra de um sonho.
no sonho de um sutil adormecido.
quando sua mente se faz das lembranças banais,
ativado por uma breve poesia cerebral.
a síncope do sonho,
se fez aqui, na linha e no fluir,
nas notas de minhas palavras.
quando o sol se fez no hoje,
a vida se sutilizou um tanto mais.
simplismente está aqui,
paralela e, ao mesmo momento,
tangente ao fato hostil que é ser.
fez claro no meu tempo
a glória da grandeza.
por minha vez,
me fiz filho!
a olhar mãe amamentando dezenas de outros.
é como se fosse filtro
das vontades do rei-sol
- filtro grosso, robusto.
pairado na sombra de um sonho.
no sonho de um sutil adormecido.
quando sua mente se faz das lembranças banais,
ativado por uma breve poesia cerebral.
a síncope do sonho,
se fez aqui, na linha e no fluir,
nas notas de minhas palavras.
quando o sol se fez no hoje,
a vida se sutilizou um tanto mais.
simplismente está aqui,
paralela e, ao mesmo momento,
tangente ao fato hostil que é ser.
terça-feira, janeiro 4
sala sonora
na sala sonora
desenhamos o amor no chão
da sala sonora.
com nossos lápis imprecisos
arranhamos sentimentos
na sala sonora
servimos de discos,
rodando e rodando
dum lado pro outro
na sala sonora.
eu perco o resto da minha mente
na sala sonora.
como se parasse o tempo,
alienasse os sentidos.
e a vida se fizesse de um só momento
na sala sonora.
desenhamos o amor no chão
da sala sonora.
com nossos lápis imprecisos
arranhamos sentimentos
na sala sonora
servimos de discos,
rodando e rodando
dum lado pro outro
na sala sonora.
eu perco o resto da minha mente
na sala sonora.
como se parasse o tempo,
alienasse os sentidos.
e a vida se fizesse de um só momento
na sala sonora.
terça-feira, dezembro 28
o aprontamento do beijo
olho que sente o toque
que apronta os impulsos do aconchego
é mesmo olho que lê o lábio
mesmo que fechado.
são alguns centímetros eternos,
e rapidamente arrepiantes, calorosos.
é só um nada entre dois sorrisos
mas quando se ouve a dança sincera
esse nada se vira num espetáculo.
são alguns segundos intermináveis
que no escuro de nossos olhos fechados
desenham leve o setimento,
transformam o não-palpável
em forma concreta, colorida.
transforma o amor em saliva e nó.
transforma o pensamento num só.
ali e naquela hora.
pode durar somente ínfimos minutos,
mas o infinito rouba a cena
e o beijo se enche dele.
o beijo,
o gosto e a pele.
que apronta os impulsos do aconchego
é mesmo olho que lê o lábio
mesmo que fechado.
são alguns centímetros eternos,
e rapidamente arrepiantes, calorosos.
é só um nada entre dois sorrisos
mas quando se ouve a dança sincera
esse nada se vira num espetáculo.
são alguns segundos intermináveis
que no escuro de nossos olhos fechados
desenham leve o setimento,
transformam o não-palpável
em forma concreta, colorida.
transforma o amor em saliva e nó.
transforma o pensamento num só.
ali e naquela hora.
pode durar somente ínfimos minutos,
mas o infinito rouba a cena
e o beijo se enche dele.
o beijo,
o gosto e a pele.
domingo, dezembro 26
me dói a espera
pura vaidade do pensamento
- ser a união forte de duas almas.
vaidade ruim.
descolorida de mal cheirosa,
que cada vez mais é alimentada pela raiva de outros,
maltratando dois sorrisos.
por ora é o que se passa
- e esse asco só se aumenta, dia a dia.
e cada vez mais o chorume do meu amor aumenta.
e faz a saúde esvair-se rapidamente.
ela pula dos olhos,
dos coros e choros.
e um rio lagrimal me afoga.
machuca meu querido futuro,
meu pesado querido futuro.
entendo essa distância,
essa aversão aos passos,
essa distância da dança que me levanta,
porém a compreensão não é minha vizinha
e não está presente nalguns olhares flamejantes.
ao meu ver, o tempo não fez seu papel.
digo o tempo de antes, o tempo dentro da minha cabeça,
o tempo de antes do retorno.
ao meu ver:
o tempo se ampara sendo assassino.
- de amores e mudanças.
- ser a união forte de duas almas.
vaidade ruim.
descolorida de mal cheirosa,
que cada vez mais é alimentada pela raiva de outros,
maltratando dois sorrisos.
por ora é o que se passa
- e esse asco só se aumenta, dia a dia.
e cada vez mais o chorume do meu amor aumenta.
e faz a saúde esvair-se rapidamente.
ela pula dos olhos,
dos coros e choros.
e um rio lagrimal me afoga.
machuca meu querido futuro,
meu pesado querido futuro.
entendo essa distância,
essa aversão aos passos,
essa distância da dança que me levanta,
porém a compreensão não é minha vizinha
e não está presente nalguns olhares flamejantes.
ao meu ver, o tempo não fez seu papel.
digo o tempo de antes, o tempo dentro da minha cabeça,
o tempo de antes do retorno.
ao meu ver:
o tempo se ampara sendo assassino.
- de amores e mudanças.
sexta-feira, dezembro 24
definição
é definição:
a palavra aguda
que muda o sorriso.
o pedido,
cercado da chuva,
se fez grande.
e em sua grandeza,
se fez realeza
o sabor do beijo.
e levado à diante
o atenuante amor
se fez feliz.
a palavra aguda
que muda o sorriso.
o pedido,
cercado da chuva,
se fez grande.
e em sua grandeza,
se fez realeza
o sabor do beijo.
e levado à diante
o atenuante amor
se fez feliz.
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