quarta-feira, maio 26

passo na virada do sono
transgredindo insetos gigantes
e o senhor das moscas
jogado ao chão, sujo,
acompanhado de seu bem querer

formigas flamejantes
me comem, e
me lançam
nesse barco
navegante naquele mar
que é cinza e duro

pouco depois,
vejo meus sonhos,
no trem azul
de gafanhotos negros
assassinos de meu bem querer

vejo minha pressão cair
de cara no asfalto,
e sair dançando, risonha
fugindo de mim, pros braços
do pano.

Nenhum comentário: