quarta-feira, junho 30

lis

o bojo daquela manhã,
que emerge até hoje,
sabe bem como sou silêncio.

sabe sem ter que ouvir
línguas arcaicas,
e me sola o giz.

diz, flores,
o que querem quando
do sol são filhas,
rodopiando durante uma valsa de arco,
mais que os casais do salão.

tomando luz como vida,
sugando a força de águas  perplexas.
anexas da mão da terra,
como dedos,
unhas dos titãs olimpicos,
que são aparadas pelos tolos de macacão,

que não sabem bem ao certo onde a curva verde,
dos florais mais belos, vai dar.

um vestido pro chão,
de bordados clorofila.
daquela manhã de ressaca,
que acordei e vi pétala ao lado.

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