segunda-feira, junho 21

tempo

me dê a lua
que enterrarei em crateras mil
um coração vermelho maravilha

onde está?
ó, soberano?
compondo mais destinos,
sendo guia de outrém.

como fica?
se te respeito,
mas não aceito,
por seres assim, tão señor bonito.

conde dos sonhos,
até dos sonhados por desgraça do ópio.

te escrevo desenhos belos,
e te deixo mais vivo,

e ouça :
não me esqueça,
me dê prazer preciso,
para jorrar d'água
a sangria do meu correr,
da minha pressa.

sei que não devo temer,
e ser calmo é o que me cabe.

mas o vinculo aflora-nos
a angustia temporal.

pelo menos à mim,
os pelos sobem sob o ser,
trepidados de frio no ventre.
adrenalina dura e que custei para encontrar

mas achei nesse samba.

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