quarta-feira, julho 28

filha das cinzas

sempre que a importância
me invade, me sinto como estou.
cheio, gordo, fluente, sorriso.
mas hoje é diferente.

hoje me sinto no agreste,
no sertão morto,
na terra falida.

engolido por fênix,
brotada de meus próprios sonhos.
que me arranca a pele,
e me planta suado ao seu próprio sol sertanejo.
queimando meu corpo,
meu cérebro,
meu ser,
meu eu mais belo.
ser belo, que pode lhe ser útil.

mas,
quer fogo, mais fogo.
por ter vindo dele.
quer o calor lhe invadindo as ventas.

[não digo que isso me atrapalha, que faz mal,
ou que ao menos ligo...mas,
sou sincero].

Nenhum comentário: