quarta-feira, julho 14

sopre quente em todos os lugares

és vento,
agarrado em galhos cansados.
vento que corre vespertino,
que corre o mar azul sempre que dá.

que corre o mar infinito verdejante.
vento de todos gostos,

és vento,
um señor tão bonito,
a tônica de versos do inverno.
vivo como a cor que,
com pincel, pintou em suas flores,
livre, tal qual a onda do sol,
que te barra em dois ou mais poemas.

me imagino em forma
desses galhos,
galhos que agarram seu ar,
seu mar. seu pincel de veredas indecifráveis,
vielas nas quais enxergo pouco,
e mesmo sendo cego à estas pequeninas manchas de realidade,
me perco ébriamente em seu soprar,
ó, vento.

Um comentário:

Anônimo disse...

você é um gostoso.