quinta-feira, setembro 30

foda-se

quero me confortar
com outra dor.
esquecer desse velho pássaro.
chega!

que me encontrar em
outro corpo,
seja no fútil,
no mero egocentrismo
ou no balanço dos braços.

quero voar.
quero ensinar minhas asas bater.
quero amar
sem ao menos saber o nome
da cor favorita.
quero ser.

quero te afogar
na chuva fotográfica
que por ora nado,
e me sinto confortável.

arrancar-lhe as penas
com meu sorriso.

sim, sinto raiva,
mas o poema é sinceríssimo.

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