sábado, outubro 15

estória estória

fica nessa estória de olhar;
de tentar flagrar algum momento importuno de meus olhos!
- deixe-os aquietados! alinhados com minha calma!

fica nessa estória e depois desvia o olhar;
esse olhar de samba querendo bailar,
esse samba de querer olhar!

tira essa vergonha da face!
ilustra a magia que tem seus olhos
e vivencia o prazer de se dizer olá!

fita os olhos seus e sambe mais um pouco!
em vez de ficar pra lá pra cá, tentando esconder o sorriso morto.

quarta-feira, outubro 12

o castelo de almas

vem alma!
vem no mar,
vem no ar.

e não me mande mais tormentas,
não me faça te olhar de longe.

eu ria à respeito.
à respeito dessa multidão
de desconhecidos, desses sentidos 
em porção única.

e agora, tenho que me acostumar com isso.
e andar sozinho,
com saudade!
diplomata de meus próprios olhares;
acessório do mundo e dos deveres.

monte seus castelos!
monte-se sobre passos e compassos.

segunda-feira, setembro 19

o tudo que é nada

ilustradamente ignorado
por si mesmo
o sorriso se juntou com o medo.

aleatoriamente
em uma tarde banal!!!

corre para a igreja
e diz que sente saudades
- o amor.

fecha os olhos
e em prece e oração
ilumina o vazio.

- vazio, não por perder
desejos,
mas sim por se sentir desejo!

por ver, clara e calmamente
o pequeno tamanho que tem seus atos.

o menino chora!
transcende, sob a luz baixa das imagens.

e sente medos monumentais.
sente medo do desfecho de seus mais novos sonhos.


[este sino pode soar absurdo,
mas não há nada em seu badalar que não seja verossímil]

sexta-feira, setembro 9

luz baixa e madeira escura

valsa de alegretos noturnos.
os gatos cavando as escalas na emoção...

arrepiando cordas e discórdias
presentes,
interferindo no singrar dos
arrepios, teleportando suspiros.

e, de repente, a mão alheia.
as pernas moles em ciranda,
caminhando nas cinco linhas,
solando em grupo
o sorriso de amar.

e, de repente, os olhos fechados.
a flor da pele explodindo cores!
volta ao interno luxo da harmonia.

(sem)gravidade

vá-te embora!
que já não cabe a tal mania!!!!

quero respiração leve solta
voar são da cabeça
sem bater fora do tom.

livre, são,
vocês!

ISSO, liberdade
a acordeada
com os os intervalos
dos tempos de notas avulsas.
avulsas e libertas.

não me prenda
por aqui, nessa hora!
ó, gravidade.

domingo, agosto 28

sem sono

de olhos bem abertos pro mundo
logrando o troca de asneiras intensamente!

concorrendo com a ilusão
de deixar lado a gratidão
remanescente!

colhendo pés maduros
amores plantados
e irmandade.

quinta-feira, agosto 25

alucinação 2

Plantemos folhas de sonhos!
Arrumemos os lúdicos adubos
no parto do grande Hélio!

Esperemos clarezas,
benefícios e destrezas,
esperemos janteres nas salas,
malícias coloridas, translucidas
e fora de eixo!

Passemos o prato
da saúde para mais e mais !
a Frente do quarto
servindo de adubo!

Sangrando o sol,
a lua
e todos os demais.

quarta-feira, agosto 24

mesmo bem longe

bem perto
do lado perto do sentido!

aguçando sonhos futuros
de vida nova e moderna
- alinhando roupas e letras
endereços e cócegas.
alinhando corpos.

bem perto do sentir!
quase sentindo
a respiração.

quase, pois
ainda não é totalmente real!
podendo ser calmo e simples.

diferente do que andou
me cutucando!

e digo
que não andarei de costas
para saber exatamente
o que está vindo pros meus olhos,
para minhas mãos e abraços.

terça-feira, agosto 23

flor fechada

me fiz transparente,
idolatrei o amor
até o ponto que este pediu silêncio.

até quando ele se fez ao contrário.
contradizendo os valores que pregava,
pedindo aquietação da poesia,
pedindo calma nos elogios.

me fiz todo.
me fiz.
fiz meu ser totalmente doado,
diponivel para amar.

mas o mar não molhou
o coração duro e roxo.
pois este se armadurou
de orgulho
e não deu a liberdade para o verso.

a tulipa roxa,
sozinha no meio do jardim,
se fez fechada.

e sou assim até agora,
mas não há mais adubo,
quandoa  flor não quer se abrir
e ver o que realmente há na sua frente.

segunda-feira, agosto 22

quando, sem pudor algum,
consigo te aceitar, e te tornar parte do normal
a sua dor se plorifera
por todos meus canais de sentimento
por todos meus olhos
e versos!

e dói muito,
e dói mais.

nem adianta olhar pra lua,
pois ela já está selada
com um sentimento por ela.

consigo, quando essa paz reina,
antes de você
- saudade triste -
definir as cores,
e não me embolar
em lágrimas e dores à toa!
a brisa é leve e contínua,
toda carinhosa!

mas é só você chegar,
colocando o brilho da lágrima
em meu rosto e meu pensar.

e dói.
dó ardido
quando
as cores se misturam
com a nostalgia!
quando lembro
que não posso ter
o palco todo,
que não posso ver de perto!

ouça bem o que te digo,
ó saudade!
peço movimento preciso,
e não abro mão
de um brilho definido,
de um brilho de beneficios!