tento,
claramente te explodir.
e deixar um clarão na calçada
visível pro ônibus e borboleta
penso,
voar na direção da chuva
me imagino deveras alado
rindo do seu sorriso
mato,
meus cadernos,
veja bem meu bem
eles me confortam
quando acabam
e vejo ele todo recheado de azul.
segunda-feira, maio 31
domingo, maio 30
versos brancos recheados
não queria só meia xícara, não
por favor.
quero o garrafa toda
sentada em minha mesa
me olhando,
e contando sobre como foi o dia
encenando essa distância
no sarro da risada
observando e provando
o que observo nas palavras
que são colocadas ali na tela
ou num envelope branco
não quero só meia.
quero o dobro,
transbordar de versos
colhendo o que chama
de incrível
e colocar numa bandeija antiga
e colocar na sua campainha
depois de sentar e olhar
queria esvaziar a garrafa toda
te-la para mim, ó, café do meu sol primeiro
estupefada de tantos versos
vivo cada uma de minhas vidas presentes
como o filtro.
esperando a água passar pelo meu pano grosso.
não queria só meia xícara, não.
quero seu samba
no meu tapete,
seu sorriso no meu colo.
e falo mesmo, e falo denovo.
por favor.
quero o garrafa toda
sentada em minha mesa
me olhando,
e contando sobre como foi o dia
encenando essa distância
no sarro da risada
observando e provando
o que observo nas palavras
que são colocadas ali na tela
ou num envelope branco
não quero só meia.
quero o dobro,
transbordar de versos
colhendo o que chama
de incrível
e colocar numa bandeija antiga
e colocar na sua campainha
depois de sentar e olhar
queria esvaziar a garrafa toda
te-la para mim, ó, café do meu sol primeiro
estupefada de tantos versos
vivo cada uma de minhas vidas presentes
como o filtro.
esperando a água passar pelo meu pano grosso.
não queria só meia xícara, não.
quero seu samba
no meu tapete,
seu sorriso no meu colo.
e falo mesmo, e falo denovo.
sexta-feira, maio 28
cãibra
talvez por falta de flore e cor,
uniformes cinzas jogados
com bigode e chapéu no corpo,
davam cãibra pontiaguda
em seus heróis escondidos
naquela panela airada
de versos,
que voava fora de curso,
magneticamente perdidos,
talvez sorrindo,
eles voaram
martelos de pedra
construuíram uma construção flácida
calando no corpo do copo
os corpos do cálice comandado.
uniformes cinzas jogados
com bigode e chapéu no corpo,
davam cãibra pontiaguda
em seus heróis escondidos
naquela panela airada
de versos,
que voava fora de curso,
magneticamente perdidos,
talvez sorrindo,
eles voaram
martelos de pedra
construuíram uma construção flácida
calando no corpo do copo
os corpos do cálice comandado.
sem nome
agora chegou a hora
e me dá de prato cheio, o que comer.
meio azedo vou mastigando
com força
inuminando-os
será que será
como desejo e sonho ser?
me inibo de vocês aqui, malditos.
no corredor ou livro
livro de mim a ignorância
do monte
ou pelo menos tento
sento aqui,
esperando chover em mim.
mas, cuidado, jovem poeta.
não se mate em seus sonhos,
vivendo seus pesadelos.
e me dá de prato cheio, o que comer.
meio azedo vou mastigando
com força
inuminando-os
será que será
como desejo e sonho ser?
me inibo de vocês aqui, malditos.
no corredor ou livro
livro de mim a ignorância
do monte
ou pelo menos tento
sento aqui,
esperando chover em mim.
mas, cuidado, jovem poeta.
não se mate em seus sonhos,
vivendo seus pesadelos.
devaneio vital nº 1
tento escorregar
mas vejo longe
chegar motivo
para eu subir mais
e lá em cima
cuspo para baixo
tudo o que não sinto
e levo tiro no peito
enquanto caio
vão passando por mim
todos os pescados da vida
e cada um me sorri
ironicamente o véu
me contanto alegremente que morri.
mas vejo longe
chegar motivo
para eu subir mais
e lá em cima
cuspo para baixo
tudo o que não sinto
e levo tiro no peito
enquanto caio
vão passando por mim
todos os pescados da vida
e cada um me sorri
ironicamente o véu
me contanto alegremente que morri.
quarta-feira, maio 26
feno
desejo, não tão cedo
mudar meu mundo
fundo meus desejos
como cidade
e cedo à meu irmão
as plaquetas de minha sociedade
quase estourando,
estou assim;
cansado de minha prisão
e do teste quase fatal.
queria tudo diferente
colorido e liberdade.
canal de chiados
dos montes aqui onde moro
meia dúzia de óculos
conterrâneos nos salvam
da ignorância pré adquirida
animo no meio dos cavalos, para viver.
e, aqui estou, e assim vou ficar
e, lá, quero estar
para dar minhas opiniões, longe.
mudar meu mundo
fundo meus desejos
como cidade
e cedo à meu irmão
as plaquetas de minha sociedade
quase estourando,
estou assim;
cansado de minha prisão
e do teste quase fatal.
queria tudo diferente
colorido e liberdade.
canal de chiados
dos montes aqui onde moro
meia dúzia de óculos
conterrâneos nos salvam
da ignorância pré adquirida
animo no meio dos cavalos, para viver.
e, aqui estou, e assim vou ficar
e, lá, quero estar
para dar minhas opiniões, longe.
dorian gray
sim, vejo ele(a)
agora
um novo instrumento para minha arte.
identifico-me orgulhosamente
com novas literaturas.
um quadro, com um belo rosto escrito
a escultura gritando a saída do mármore
como se fosse vontade própria.
modelo vivo de meus rascunhos
e a vida de a última pincelada
vítima da última pincelada, digo, facada;
quando a tinta esgota no papel
e toda você crava as idéias
a simples presença espiritual
me aflora a rte
me cortando como fogo
as linhas de uma nova escola.
a obra vital de minha morte poética,
eternizada em cheiros e flores
Harry! Se soubesse o que Dorian Gray é para mim!
agora
um novo instrumento para minha arte.
identifico-me orgulhosamente
com novas literaturas.
um quadro, com um belo rosto escrito
a escultura gritando a saída do mármore
como se fosse vontade própria.
modelo vivo de meus rascunhos
e a vida de a última pincelada
vítima da última pincelada, digo, facada;
quando a tinta esgota no papel
e toda você crava as idéias
a simples presença espiritual
me aflora a rte
me cortando como fogo
as linhas de uma nova escola.
a obra vital de minha morte poética,
eternizada em cheiros e flores
Harry! Se soubesse o que Dorian Gray é para mim!
escreverei, sim
por mais trepidantes que sejam
minhas letras são belamente
empacotadas por mim
para mim, digo.
paradigma, individual
de incertezas medievais
sonhos inalcansáveis,
mas sonhados com fervor
elas, vejo elas
gordinhas, agora
preucupadas demais
chorando diversas vezes
coitadas com negros fortes
assassinados noutros lugares.
são minhas letras,
meus poemas,
minha metalinguagem criticada.
quase por osmoze
elas saem de mim.
minhas letras são belamente
empacotadas por mim
para mim, digo.
paradigma, individual
de incertezas medievais
sonhos inalcansáveis,
mas sonhados com fervor
elas, vejo elas
gordinhas, agora
preucupadas demais
chorando diversas vezes
coitadas com negros fortes
assassinados noutros lugares.
são minhas letras,
meus poemas,
minha metalinguagem criticada.
quase por osmoze
elas saem de mim.
passo na virada do sono
transgredindo insetos gigantes
e o senhor das moscas
jogado ao chão, sujo,
acompanhado de seu bem querer
formigas flamejantes
me comem, e
me lançam
nesse barco
navegante naquele mar
que é cinza e duro
pouco depois,
vejo meus sonhos,
no trem azul
de gafanhotos negros
assassinos de meu bem querer
vejo minha pressão cair
de cara no asfalto,
e sair dançando, risonha
fugindo de mim, pros braços
do pano.
transgredindo insetos gigantes
e o senhor das moscas
jogado ao chão, sujo,
acompanhado de seu bem querer
formigas flamejantes
me comem, e
me lançam
nesse barco
navegante naquele mar
que é cinza e duro
pouco depois,
vejo meus sonhos,
no trem azul
de gafanhotos negros
assassinos de meu bem querer
vejo minha pressão cair
de cara no asfalto,
e sair dançando, risonha
fugindo de mim, pros braços
do pano.
terça-feira, maio 25
terça noite
conversamos sobre o café
ou cigarros.
discutindo risonhamente conjuntos mineiros
estranhamente descombinantes.
sylvia plath e suas
inúmeras vidas de gato
entopindo nossas orelhas.
ou cigarros.
discutindo risonhamente conjuntos mineiros
estranhamente descombinantes.
sylvia plath e suas
inúmeras vidas de gato
entopindo nossas orelhas.
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