linha,
que caminharei sobre,
rogo-te para assim continuar,
sem surtos ou abalos.
livre de sedes de insanidade
e paupérrimas indecisões.
não pisarei à frente
antes do tempo que tenho,
mas podemos amar
na luz da vontade,
no colher dos sorrisos.
sábado, agosto 28
quarta-feira, agosto 25
saber é pura luz
saberá a vida, negar o que passa?
amamentar falsos falecidos anagramas
seria mera opção de devaneios tolos.
pura rouquidão do intelecto balbucioso.
saberá a vida, negar o que passa?
apedrejar o ar não leva a lugar nenhum
se teus punhos se cerram junto da dor,
calhando o saber da divina podridão.
saberá a vida, negar o que passa?
amamentar falsos falecidos anagramas
seria mera opção de devaneios tolos.
pura rouquidão do intelecto balbucioso.
saberá a vida, negar o que passa?
apedrejar o ar não leva a lugar nenhum
se teus punhos se cerram junto da dor,
calhando o saber da divina podridão.
saberá a vida, negar o que passa?
são palhaços
quero de novo seus dois pedaços de noite
fitando vagamente meu tímido andar.
quero o cheiro, as curvas, o riso.
quero matar a vontade
de ser menos oblíquo.
fitando vagamente meu tímido andar.
quero o cheiro, as curvas, o riso.
quero matar a vontade
de ser menos oblíquo.
preciso de discos novos
não me esqueci do velho samba,
que outrora me invadia a cara,
e como vento bagunçava meu cabelo.
não desejei mal nenhum,
e nenhum mal tentei cometer,
contudo, e mais um pouco, o disco arranhou,
e agora não há como eu consertar.
que outrora me invadia a cara,
e como vento bagunçava meu cabelo.
não desejei mal nenhum,
e nenhum mal tentei cometer,
contudo, e mais um pouco, o disco arranhou,
e agora não há como eu consertar.
terça-feira, agosto 24
feche com força
abra a mão
e assim a ternura lhe toca a pele,
lhe dá um pouco de maciez
e te abre pro amor.
sinta o chão
e no fim, feche a mão.
guarde o macio em sua tez
e sinta,
sinta você mesmo.
mergulhe teus olhos para o outro lado,
para o outro lado de seu corpo
e se veja por inteira.
nunca abra a mão.
e assim a ternura lhe toca a pele,
lhe dá um pouco de maciez
e te abre pro amor.
sinta o chão
e no fim, feche a mão.
guarde o macio em sua tez
e sinta,
sinta você mesmo.
mergulhe teus olhos para o outro lado,
para o outro lado de seu corpo
e se veja por inteira.
nunca abra a mão.
cinco versos para sentir saudade
a saudade sabe apertar o peito;
amarga a alma quando de sepulcro se faz,
e ao mesmo tempo,
pode florir um sorriso de amor se sua essência
for a mais pura gratidão.
pode rasgar as pétalas da flor mais predileta,
destruindo abraços e apelos.
pode deixar em pó um mero beijo,
e fazer sãs atitudes se virarem em vermelho sangue,
em uma alma vazia, perdida.
pode, também, trocar os míudos da indecisão.
pode aumentar o amor de um simples olhar,
e tornar vivo o sentimento que falta,
o corpo que falta.
torna vivo o presente que não existe,
teletransporta ao lado mais próximo
queridos lábios ou risadas.
e faz,
como maestro impecável,
gotas escorrerem ao longo da face.
consegue reger,
nota a nota, a solidão.
amarga a alma quando de sepulcro se faz,
e ao mesmo tempo,
pode florir um sorriso de amor se sua essência
for a mais pura gratidão.
pode rasgar as pétalas da flor mais predileta,
destruindo abraços e apelos.
pode deixar em pó um mero beijo,
e fazer sãs atitudes se virarem em vermelho sangue,
em uma alma vazia, perdida.
pode, também, trocar os míudos da indecisão.
pode aumentar o amor de um simples olhar,
e tornar vivo o sentimento que falta,
o corpo que falta.
torna vivo o presente que não existe,
teletransporta ao lado mais próximo
queridos lábios ou risadas.
e faz,
como maestro impecável,
gotas escorrerem ao longo da face.
consegue reger,
nota a nota, a solidão.
tu és o vazio que enche meu quarto
eu vejo uma nova sentença,
uma nova crença ao meu lado.
crianças cafonas que pairam no parque,
dizendo, com sotaque de amor, à lua,
que esta deveria roubá-los.
são dois.
como um só.
colados.
e o amor estica junto de suas peles
se não estão pertos. mas não arrenbenta, não estoura.
não admite a solidão.
na minha solidão,
faco-te o escuro e o vazio.
te materializo
a partir do que não está presente,
a partir da falta de carne.
e pego tua mão,
e não solto.
uma nova crença ao meu lado.
crianças cafonas que pairam no parque,
dizendo, com sotaque de amor, à lua,
que esta deveria roubá-los.
são dois.
como um só.
colados.
e o amor estica junto de suas peles
se não estão pertos. mas não arrenbenta, não estoura.
não admite a solidão.
na minha solidão,
faco-te o escuro e o vazio.
te materializo
a partir do que não está presente,
a partir da falta de carne.
e pego tua mão,
e não solto.
segunda-feira, agosto 23
nove haikais para voar
voar é ir mais além das vontades,
é perder de vista o amor querido
e dançar em outros palcos.
é perder de vista o amor querido
e dançar em outros palcos.
fui para floresta, atrás de lenha
vejo só de tengente
pássaro maior que eu voando para longe.
se conformando com o presente doído.
hoje foi um dia sofrido,
doído no vermelho do sentimento
amargo de saudade.
quero ser herege
e morrer como bruxa,
para ter o fogo me abraçando,
me sentindo gritar,
me alisando o corpo.
pássaro maior que eu voando para longe.
se conformando com o presente doído.
hoje foi um dia sofrido,
doído no vermelho do sentimento
amargo de saudade.
quero ser herege
e morrer como bruxa,
para ter o fogo me abraçando,
me sentindo gritar,
me alisando o corpo.
domingo, agosto 22
continuo aqui até que seja assim
até que meus ouvidos sequem,
que minha pele esgote
que meus olhos cansem
e
que minhas mãos doam.
estarei colado à tinta.
que minha pele esgote
que meus olhos cansem
e
que minhas mãos doam.
estarei colado à tinta.
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