segunda-feira, maio 17

pano azul

escolho bem essa próxima canção
com medo da arma
saltando, com o pano azul na cabeça,
do trem garoante.

acende o cigarro
e o fogo ilumina,
na escuridão da cidade grande,
seu queixo e brilha nos olhos
só ouço o queimar.
estonteado.

sinto sorriso e fumaça vindo na minha direção
mas por frações, somente,
e some par'o lado
no vermelho do vinho.

o balão lhe chama.
chama a chama para cama
da culturariedade do fogo frio
e leva pro teatro cheio o olho brilhante

escolho bem,
mas espero aqui.

Nenhum comentário: