segunda-feira, maio 24

sinto agora seus braços me envolvendo

paro de me preucupar
tanto com o medo
quero fluir
nessa nova liberdade

o alimento do meu ego,
não quer ser o seu próprio
então pego esse papel
no seu teatro de sempre

dou nome a plantas amigas
e crio raízes em outro lugar,
numa escada em zigue-zague
eternizo aquele momento
eternamente fotográfico e mágico
perante aquele mar de cultuta,
onde listras se fundiram com o cinza de você.
e subiam mãos imaginárias,
no chão das letras
com certos presentes
e um fedegoso de jornal nos rodeando
discussões anarco-poéticas.

na base do trem,
onde descubro que tudo
aqueilo é real, o abraço
o cheiro, a poesia, a liberdade que me deu,
a expressão,
o troco,
a catraca, seu cabelo, sua mãe, meu pai, as películas,
verlaine, o sol, a lua, a medieval,
o ar, o queridissimo, o senhor feudal
o falso beijo imaginado.

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