domingo, junho 6

poema 2

nasci por defeito
da maldade do menino infeliz.

da parte que não nos olhou.
destinado a padecer sob
a superfície intacta da água

energicos milhões bateram em minha cabeça
em busca de alguém,
mas abro só para quem desejo querer.

não quero me entender, nem que entendam.
me esqueçam, pois.

mas não por completo,
nem por quero ser por todos,
mas por quem nem tá aí.

quero só os meus bacanas
a literatura, a matemática, as letras,
as pretas, o desenho, a saúde,
e o sol francês.

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