segunda-feira, agosto 16

insólito poema

não quero o rancor
lhe vazando pelas palavras;
lhe corroendo as mil peles
e infinitas cores que tens.

disse para voar, sim.
mas pedi pelo bem,
pedi para que o futuro que corria à nós
não nos cortasse penas e amores.

disse, sim, rude.
mas não quero o orgulho te atordoando as ventas.

não sou covarde,
sou pequena ave,
lecionada por uma outra maior,
de penacho colorido e esfumaçado.

quero que fiquem os voos longos,
as caçadas pela liberdade.

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