segunda-feira, agosto 16

vejo meu corpo voando longe

hoje acordei com meu balde intelectual meio desvairado,
solentemente desviado para alguns lados de solidão preto e branca.

um canto, como foto, cheia de momentos imprimidos numa destilada árvore.

vi meus pés me guiarem por entre cores desconhecidas,
e por entre arrependimentos que meus ouvidos jamais escutaram.
me puxavam forte como vento de chuva,
como maré quando meus deuses se rebelam.

senti meus ventos irem de encontro com os da maré,
e estes, mais fortes, me empurraram para outro desvio.

porém, no mesmo curso,
continuei singrando,
e estou acolá até agora.
só ficou meu cheiro.

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