quarta-feira, agosto 4

vejo na luz de seus olhos a arte do sentimento

corro, se não te faço jovial novamente,
se não consigo apagar os anos, corra.

fuja, já que não criamos essa máquina do tempo,
que nos apaga das diferenças e nos coloca
no estado verossímil que é a paixão.

congele teus seres interiores durante algumas primaveras
e se deixe florir quando meus frutos amadurecerem.

espere, e ganhe o sol do próximo ano,
espere que a lua vem e te pega,
prum passeio vermelho, inundado de cores e dissonâncias.
repleto de caminhos grandiosos.
de amores calorosos,
de diversas estâncias,
de pequenas distâncias.

crie um enxame de traços e versos,
sorrisos cobertos, cobertos de abraços e mais sorrisos,
e risos magistrais.

cante sua dança num palco vizinho,
para que eu possa escutar nítido.
mostre suas belas penas em seu vôo vital.

digo, convicto, que espero o sol nascer de novo,
e espero a terra girar por mais longas primaveras.
e peço que não voe para longe, durante esta gestação sentimental.

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