nasci por defeito
da maldade do menino infeliz.
da parte que não nos olhou.
destinado a padecer sob
a superfície intacta da água
energicos milhões bateram em minha cabeça
em busca de alguém,
mas abro só para quem desejo querer.
não quero me entender, nem que entendam.
me esqueçam, pois.
mas não por completo,
nem por quero ser por todos,
mas por quem nem tá aí.
quero só os meus bacanas
a literatura, a matemática, as letras,
as pretas, o desenho, a saúde,
e o sol francês.
domingo, junho 6
brisa da manhã
sinto o calor
em minha alma
querendo,
sair toda descompassada
rodando mais que o disco
e minha cabeça.
que me esquenta
por dentro da cuíca
gritando,
e me embriagando
com notas agudas e sobressalentes
na demência do ser um
ser de amor
novas mudanças
vão acontecer dentro de minh'alma
falando,
assim com certeza do que digo
o calor se prostitui no presente do futuro
embalada na carne seca
pela constatação do sábado.
vive, em mim
o gostoso do sentimento,
abrindo,
os meus lábios
no sorriso quente e de meus dentes
acesos para verlaine.
em minha alma
querendo,
sair toda descompassada
rodando mais que o disco
e minha cabeça.
que me esquenta
por dentro da cuíca
gritando,
e me embriagando
com notas agudas e sobressalentes
na demência do ser um
ser de amor
novas mudanças
vão acontecer dentro de minh'alma
falando,
assim com certeza do que digo
o calor se prostitui no presente do futuro
embalada na carne seca
pela constatação do sábado.
vive, em mim
o gostoso do sentimento,
abrindo,
os meus lábios
no sorriso quente e de meus dentes
acesos para verlaine.
sexta-feira, junho 4
há muita kriptonita no ar, verde e vermelha também
vejo a chiquita bacana
buarqueando pela augusta
e sabendo da diretriz amada
sangrando expressões elétricas
chorando-me o olho e mente
e sem cameras para sorrir
mesmo tendo motivo
de abrir a boca vermelha
e os olhos.
Ah...
e já no firmamento do que é,
descobri a beleza dessa música
que foi na lua que vi.
buarqueando pela augusta
e sabendo da diretriz amada
sangrando expressões elétricas
chorando-me o olho e mente
e sem cameras para sorrir
mesmo tendo motivo
de abrir a boca vermelha
e os olhos.
Ah...
e já no firmamento do que é,
descobri a beleza dessa música
que foi na lua que vi.
segunda-feira, maio 31
me exploda, terrorista
tento,
claramente te explodir.
e deixar um clarão na calçada
visível pro ônibus e borboleta
penso,
voar na direção da chuva
me imagino deveras alado
rindo do seu sorriso
mato,
meus cadernos,
veja bem meu bem
eles me confortam
quando acabam
e vejo ele todo recheado de azul.
claramente te explodir.
e deixar um clarão na calçada
visível pro ônibus e borboleta
penso,
voar na direção da chuva
me imagino deveras alado
rindo do seu sorriso
mato,
meus cadernos,
veja bem meu bem
eles me confortam
quando acabam
e vejo ele todo recheado de azul.
domingo, maio 30
versos brancos recheados
não queria só meia xícara, não
por favor.
quero o garrafa toda
sentada em minha mesa
me olhando,
e contando sobre como foi o dia
encenando essa distância
no sarro da risada
observando e provando
o que observo nas palavras
que são colocadas ali na tela
ou num envelope branco
não quero só meia.
quero o dobro,
transbordar de versos
colhendo o que chama
de incrível
e colocar numa bandeija antiga
e colocar na sua campainha
depois de sentar e olhar
queria esvaziar a garrafa toda
te-la para mim, ó, café do meu sol primeiro
estupefada de tantos versos
vivo cada uma de minhas vidas presentes
como o filtro.
esperando a água passar pelo meu pano grosso.
não queria só meia xícara, não.
quero seu samba
no meu tapete,
seu sorriso no meu colo.
e falo mesmo, e falo denovo.
por favor.
quero o garrafa toda
sentada em minha mesa
me olhando,
e contando sobre como foi o dia
encenando essa distância
no sarro da risada
observando e provando
o que observo nas palavras
que são colocadas ali na tela
ou num envelope branco
não quero só meia.
quero o dobro,
transbordar de versos
colhendo o que chama
de incrível
e colocar numa bandeija antiga
e colocar na sua campainha
depois de sentar e olhar
queria esvaziar a garrafa toda
te-la para mim, ó, café do meu sol primeiro
estupefada de tantos versos
vivo cada uma de minhas vidas presentes
como o filtro.
esperando a água passar pelo meu pano grosso.
não queria só meia xícara, não.
quero seu samba
no meu tapete,
seu sorriso no meu colo.
e falo mesmo, e falo denovo.
sexta-feira, maio 28
cãibra
talvez por falta de flore e cor,
uniformes cinzas jogados
com bigode e chapéu no corpo,
davam cãibra pontiaguda
em seus heróis escondidos
naquela panela airada
de versos,
que voava fora de curso,
magneticamente perdidos,
talvez sorrindo,
eles voaram
martelos de pedra
construuíram uma construção flácida
calando no corpo do copo
os corpos do cálice comandado.
uniformes cinzas jogados
com bigode e chapéu no corpo,
davam cãibra pontiaguda
em seus heróis escondidos
naquela panela airada
de versos,
que voava fora de curso,
magneticamente perdidos,
talvez sorrindo,
eles voaram
martelos de pedra
construuíram uma construção flácida
calando no corpo do copo
os corpos do cálice comandado.
sem nome
agora chegou a hora
e me dá de prato cheio, o que comer.
meio azedo vou mastigando
com força
inuminando-os
será que será
como desejo e sonho ser?
me inibo de vocês aqui, malditos.
no corredor ou livro
livro de mim a ignorância
do monte
ou pelo menos tento
sento aqui,
esperando chover em mim.
mas, cuidado, jovem poeta.
não se mate em seus sonhos,
vivendo seus pesadelos.
e me dá de prato cheio, o que comer.
meio azedo vou mastigando
com força
inuminando-os
será que será
como desejo e sonho ser?
me inibo de vocês aqui, malditos.
no corredor ou livro
livro de mim a ignorância
do monte
ou pelo menos tento
sento aqui,
esperando chover em mim.
mas, cuidado, jovem poeta.
não se mate em seus sonhos,
vivendo seus pesadelos.
devaneio vital nº 1
tento escorregar
mas vejo longe
chegar motivo
para eu subir mais
e lá em cima
cuspo para baixo
tudo o que não sinto
e levo tiro no peito
enquanto caio
vão passando por mim
todos os pescados da vida
e cada um me sorri
ironicamente o véu
me contanto alegremente que morri.
mas vejo longe
chegar motivo
para eu subir mais
e lá em cima
cuspo para baixo
tudo o que não sinto
e levo tiro no peito
enquanto caio
vão passando por mim
todos os pescados da vida
e cada um me sorri
ironicamente o véu
me contanto alegremente que morri.
quarta-feira, maio 26
feno
desejo, não tão cedo
mudar meu mundo
fundo meus desejos
como cidade
e cedo à meu irmão
as plaquetas de minha sociedade
quase estourando,
estou assim;
cansado de minha prisão
e do teste quase fatal.
queria tudo diferente
colorido e liberdade.
canal de chiados
dos montes aqui onde moro
meia dúzia de óculos
conterrâneos nos salvam
da ignorância pré adquirida
animo no meio dos cavalos, para viver.
e, aqui estou, e assim vou ficar
e, lá, quero estar
para dar minhas opiniões, longe.
mudar meu mundo
fundo meus desejos
como cidade
e cedo à meu irmão
as plaquetas de minha sociedade
quase estourando,
estou assim;
cansado de minha prisão
e do teste quase fatal.
queria tudo diferente
colorido e liberdade.
canal de chiados
dos montes aqui onde moro
meia dúzia de óculos
conterrâneos nos salvam
da ignorância pré adquirida
animo no meio dos cavalos, para viver.
e, aqui estou, e assim vou ficar
e, lá, quero estar
para dar minhas opiniões, longe.
dorian gray
sim, vejo ele(a)
agora
um novo instrumento para minha arte.
identifico-me orgulhosamente
com novas literaturas.
um quadro, com um belo rosto escrito
a escultura gritando a saída do mármore
como se fosse vontade própria.
modelo vivo de meus rascunhos
e a vida de a última pincelada
vítima da última pincelada, digo, facada;
quando a tinta esgota no papel
e toda você crava as idéias
a simples presença espiritual
me aflora a rte
me cortando como fogo
as linhas de uma nova escola.
a obra vital de minha morte poética,
eternizada em cheiros e flores
Harry! Se soubesse o que Dorian Gray é para mim!
agora
um novo instrumento para minha arte.
identifico-me orgulhosamente
com novas literaturas.
um quadro, com um belo rosto escrito
a escultura gritando a saída do mármore
como se fosse vontade própria.
modelo vivo de meus rascunhos
e a vida de a última pincelada
vítima da última pincelada, digo, facada;
quando a tinta esgota no papel
e toda você crava as idéias
a simples presença espiritual
me aflora a rte
me cortando como fogo
as linhas de uma nova escola.
a obra vital de minha morte poética,
eternizada em cheiros e flores
Harry! Se soubesse o que Dorian Gray é para mim!
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