terça-feira, maio 11

polução

era tarde cinza e densa
comia meus sorrisos brutalmente
e diminuia a zero o volume do som
triturava meu irritante cabelo
e machucava.

não mais,
é azul e leve.
pisa em qualquer fogo que vê
e os que não se apagam,
os toma pra si como antigos amigos.

cola meu olho novamente
animal negramente sedento
frente à um rio vermelho e inchado de água pura
quase cospindo fora seus benéficos

quero meus melhores
peco e ando torto e obliquo,
mas entre minhas tranças musculares e tropeços
estão eles.
é só desenrolar que fácil acho.

é minha cama, quando acordo
enrugada e fina, espalhada pela madeira carunchada
cobertor grosso da goza do saber.

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