sexta-feira, julho 9

flor

a manga rosa,
me guiava pela estrada.

dias e dias mais pedi à ela.

meu corpo lá, suava,
soava, timbrava mil sons de cores
onde fizeste a morada.

a rosa, meu bem,
me pedia mão, e palha,
fonte de idéias, e cachaça.

dai-vos-ei a flor da montanha,
para viver de coração,
sem machucar outrém.

para fluir-te a consagrada,

inimiga do frio e garganta,

parceira do cheiro forte,
de manhã cedo,
onde nasce o tenso e dor.

onde nasce nosso menino,
fruto da terra
que nos dá de beber,

e ele é à nós pensamento,
raciocínio pesado
quilos de poeira e grama,
entrando pela nesga da janela aberta.

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