sexta-feira, julho 9

minas

sei que ele
é.

o céu de voz,
nuvem de mar doce flutuante
em ouvidos.

sapo dos bares negros,
pelas estradas escravas das minas geraes.

uma faca amolada
de fé amorosa,

uma fazenda cheia de fumaça
e sol quente.


defino, pois, amigo de noite só.
o escravo de meus discos,
a agulha que vos traduz em nota.
uma onda transcendendo o horizonte de meu leito.

o vinho de todo dia,
a fé que está.

a luz que brilha fosca no breu de me ser.

hesito, mesmo, trocar o disco.

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