segunda-feira, agosto 2

vi em frente, um belo nascer de frutos e flores

creio que foi pela manhã de penumbra,
onde eu andava de cabeça erguida,
e cigarro aceso.

acredito que sim.
e foi quando o apaguei
que fitei no além aquela doce melodia.

fazia imensos verões que não a sentia.
caminhou até meus ouvidos, lentamente
e arrombou bruscamente com sua leveza
meus pensamentos,
e guardou para si minhas próprias notas,
meus próprios versos.

quero que ela espere a primavera próxima,
e floreça em mim,
antes de ir embora,
para outros risos, e antes
de brotar em outras tantas a leveza que me deu.

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